Cinco dicas para falar em público ao ar livre

Cinco dicas para falar em público ao ar livre

Se você procurar por técnicas de oratória na internet você certamente vai se deparar com dicas excelentes sobre como desenvolver suas habilidades de falar em público. Só tem um problema.

A maioria desse material provavelmente parte da premissa que seu público está bem alimentado, acomodado em cadeiras confortáveis, em uma sala com ar condicionado e que você, o palestrante, tem um palco de onde falar e bem possivelmente um microfone.

Acontece que essa simplesmente não é a realidade do educador ao ar livre. Nossa sala de aula é qualquer lugar na natureza, faça chuva ou faça sol. Ela pode ser o cume de uma montanha, a margem de uma corredeira ou mesmo na beirada de um cânion.

Conseguir gerenciar o ambiente, as pessoas e ainda passar as informações que você quer pode ser um desafio. Aqui vão algumas dicas que você não vai encontrar no manual do TED Talks.

Mantenha sua plateia alimentada!

Instruir ao ar livre, no contexto de uma expedição, significa se preocupar com o bem estar do grupo antes de pensar em passar algum conteúdo. A dica não é só sobre comida, mas sobre cuidar do seu grupo como um todo.

Seus alunos não vão conseguir raciocinar se estiverem com fome, sede ou passando frio. Também não estarão aptos a trabalhar novas habilidades caso se sintam inseguros ou não estejam se relacionando bem com o grupo.

Em uma expedição, lembre-se da hierarquia das necessidades de Maslow e trabalhe da base ao topo.

Então, antes de começar sua aula sobre tipos de nuvem, sirva um cafezinho!

Procure a luz!

Uma vez que o grupo está bem alimentado é hora de escolher bem a sala de aula. A ideia aqui é se certificar que todos estão confortáveis e que podem te ver e te ouvir.

Em dias muito quentes, evite deixar seus alunos torrando no sol. Escolha uma posição em que você e o que você quer mostrar não fiquem escondidos para ninguém.

Por fim, evite falar com as costas para o sol, o que dificulta a visão da plateia lhe tornando apenas uma silhueta; o ideal é que você esteja de frente para o sol, muito bem iluminado.

Aprenda com os Gregos

Com relação a acústica, você será ouvido melhor se você se posicionar abaixo dos seus ouvintes, seguindo o princípio dos anfiteatros, pois o som se propaga melhor de baixo para cima.

Também é mais fácil para as pessoas olhar levemente para baixo do que para cima.

Tire os óculos escuros

Essa dica às vezes é subestimada, mas vale a pena. Entre educadores ao ar livre é comum ouvir a recomendação de tirar os óculos escuros quando possível durante uma aula.

Poder olhar nos olhos do seu interlocutor cria maior conexão e empatia entre o palestrante e seu público.

Comece com um jogo

O ritmo de uma expedição pode ser desgastante e por estar na natureza, nossos sentidos estão sendo constantemente bombardeados por estímulos sonoros e visuais.

Uma prática interessante antes de começar uma longa aula teórica sobre o ciclo de aprendizagem experiencial, por exemplo, é iniciar com uma brincadeira de roda, um jogo rápido ou simplesmente uma piada, isso é extremamente eficaz para descontrair e a trazer o foco do grupo. Essas dicas podem parecer simples, mas a verdade é que novatos no ambiente natural não costumam levar em conta esses pequenos detalhes que fazem toda a diferença.

Não se esqueça que essas dicas só somam às já existentes sobre falar em público: tom de voz, linguagem corporal, são elementos chave. Porém, não adianta ensaiar um discurso e ter uma linguagem corporal perfeita, se sua plateia está faminta, cansada, com o sol na cara e distraída.

Desejamos ótimas falas em público ao ar livre!

 

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