Pensamento de Grupo e sua influência na Tomada de Decisão
OS SINTOMAS MAIS COMUNS
Superestimar o poder e a moralidade do grupo
“Sim, nós somos bons em todos os sentidos!”Falta de abertura para novas ideias
Ignorar ou racionalizar qualquer questionamento sobre a falsidade dos pressupostos do grupo.Pressão por uniformidade
Além da autocensura, por vezes aparecem os guardiões do consenso, ambos elementos que inibem qualquer membro “desleal”.AS CAUSAS MAIS COMUNS
Excessiva valorização da união do grupo
A coesão do grupo se tornou mais importante que a expressão individual de opiniões.Falhas estruturais
Baixa diversidade de participantes, líder muito controlador, falta de normas e práticas que evitem o Pensamento de Grupo.Ambiente muito estressante
Recentes falhas e dificuldade em processos de tomada de decisão e resolução de conflitos.AS MELHORES ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO
Ambiente seguro
Crie um ambiente no qual é possível explorar os conflitos.Definição de métodos
Defina métodos onde todos colocam suas posições ou ideias iniciais no papel ao mesmo tempo e somente depois elas são reveladas.Líder encorajador
Como líder, encoraje as pessoas que pensam radicalmente diferente e, se necessário, eleja uma pessoa para ser o “advogado do diabo” e questionar as decisões com mais insistência.Duvidar sempre
Duvide sempre da capacidade do grupo em tomar decisões racionais e esteja sempre disposto a rever uma decisão.O PARADOXO DE ABILENE
Se você somar ao fenômeno do Pensamento de Grupo uma considerável falha em comunicação, você atinge situações bizarras e frustrantes, tais como o Paradoxo de Abilene exemplificado pela história abaixo:
Numa tarde quente em visita a Coleman (Texas), uma família está confortavelmente jogando Dominó no alpendre da casa, até que o sogro sugere um passeio a Abilene (Texas), que fica a 53 milhas, para jantar. A esposa diz, “parece uma boa ideia”. O marido, apesar de ter algumas reservas quanto ao calor e a distância, imagina que sua opinião pode estar em desacordo com o grupo e diz “por mim tudo bem. Apenas espero que sua mãe queira ir”. A sogra então diz “claro que eu quero ir. Há muito tempo que não vou a Abilene”.
A viagem é longa, empoeirada e quente. Quando chegam na cafeteria, a comida é tão ruim quanto a viagem. Eles chegam de volta em casa quatro horas depois, exaustos.
O genro fala desonestamente “Foi um bela viagem, não foi?” A sogra diz que, na verdade, ela preferia ficar em casa, mas concordou em ir já que os outros três estavam tão entusiasmados. O marido diz “Não me agradou fazer isso. Só fui para agradar vocês. A esposa diz “Eu só concordei para deixá-los felizes, imagina se eu queria sair em um dia quente como esse!” O sogro então diz que ele só sugeriu pois achou que todos estavam entediados.
O grupo perplexo se dá conta que juntos eles decidiram fazer um passeio que ninguém queria fazer. Todos preferiam ficar e aproveitar a tarde que já acabara, descansando.
UM EXEMPLO REAL
PARA IR ALÉM
Irving Janis analisa em seu texto Groupthink o lançamento do ônibus espacial Challenger da perpectiva do Pensamento de Grupo. Ele enumera vários aspectos do incidente para então contextualizar o Pensamento de Grupo de uma maneira mais ampla e abstrata.